As redes sociais amanheceram indignadas na manhã desta quinta-feira (4/1), depois de a Câmara Municipal de São Paulo anunciar que vai abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que trabalham com pessoas em situação de rua, sendo o padre Júlio Lancellotti um dos alvos.
A CPI foi pedida pelo vereador Rubinho Nunes (União), duramente criticada por vereadores da oposição, como Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT, que apresentaram uma denúncia contra ele na Corregedoria da Câmara.
Internautas cobraram posicionamento de outras figuras, como os padres Fábio de Melo e Marcelo Rossi e o vereador Thammy Miranda, que votou a favor da abertura da CPI, mesmo depois de ter sido defendido pelo padre Júlio de ataques bolsonaristas. Em meio às críticas e cobranças, foi feita também uma comparação em relação a Lancellotti e o Padre Fábio de Melo sobre a postura de ambos.
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De acordo com os comentários no X, antigo Twitter, a postura dos religiosos é distinta. Segundo internautas, enquanto Fábio de Melo segue uma carreira midiática, Lancellotti se ocupa ajudando pessoas necessitadas. Além disso, muitas pessoas estipularam que caso o padre Júlio tivesse contratos com agências; o padre Fábio de Melo já teria se manifestado.
Até mesmo um apelido foi criado: “Alok de Aparecida do Norte”, que faz referência a espetacularização de suas ações. A nomeação viralizou nas redes, e o termo ficou em alta no X. Várias pessoas criaram memes e se divertiram com a ideia do apelido.
Em sua última postagem no X, um vídeo compartilhando o evangelho do dia, feita na noite de quarta-feira (3/1), internautas fizeram comentários sobre o silêncio de Fábio de Melo. “Cadê a solidariedade com um sacerdote que está sendo perseguido? Bora agir ou só é padre na TV? Você é um sacerdote verdadeiro ou é daqueles que nessas chicotearia e expulsaria do templo? Bora, mostre aí”, disse um perfil.
“Que lindo, mas qual é o impedimento em se solidarizar com o padre? Ele é tão pecador assim? Ele está errando tanto assim? Eu fico abismado que nunca vi um Padre superstar lhe estender as mãos”, disse outro. “Que lindo! Tem algum evangelho que fala sobre perseguição? Tipo essa do Padre Júlio?”, questionou outro.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata