O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, discursou no ato “Democracia Inabalada”, na data em que marca um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro, defendendo que não haja impunidade nem esquecimento em relação aos responsáveis. Para o magistrado, a democracia não permite se confundir “paz e união”, com impunidade, apaziguamento ou esquecimento. 

“Impunidade não representa paz nem união. Todos, absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um estado de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”, disse. 

Moraes, que também é relator dos inquéritos que investigam os manifestantes do 8 de janeiro, lembrou fatos históricos em seu discurso ao ressaltar que o apaziguamento é uma política “fracassada”. 

“O apaziguamento também não representa paz, nem união. Um apaziguador, como lembrado pelo primeiro-ministro Winston Churchill (Reino Unido), um apaziguador é alguém que alimenta um urso esperando ser devorado. A democracia brasileira não admite a ignóbil política do apaziguamento, cujo fracasso histórico já foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro (Neville) Chamberlain com Adolf Hitler”, emendou.



O magistrado ainda completa dizendo que não é possível esquecer os ataques, uma vez que o esquecimento poderia “encorajar” novos atos “criminosos e golpistas”. “Esquecimento também, da mesma maneira, não significa nem paz, nem união”, enfatizou.

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