Durante evento que recorda um ano dos atos golpistas de 8 de janeiro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, destacou o combate ao ‘novo populismo digital extremista’ como um dos objetivos para evitar novos episódios como os do ano passado. O magistrado foi uma das autoridades a discursar na cerimônia ‘Democracia Inabalada’, que acontece na tarde desta segunda-feira (8/1) no Congresso Nacional.

Em seu discurso, Moraes pregou punição aos responsáveis pelos atos que culminaram na depredação do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto, e tratou sobre a regulamentação das redes sociais como uma medida para prevenção de atos antidemocráticos.



“É o momento para olharmos para o futuro e reafirmarmos a urgente necessidade de neutralização de um dos grandes perigos modernos da democracia, a instrumentalização das redes sociais pelo populismo digital extremista", afirmou.

O ministro ainda disse que o acesso amplificado às redes sociais e o uso da inteligência artificial “potencializaram a desinformação premeditada e fraudulenta, amplificaram o discurso de ódio e antidemocráticos".

Alexandre de Moraes é o relator do inquérito 4874 no STF. A investigação apura as condutas das milícias digitais antidemocráticas. O processo avalia se há uma atuação organizada de grupos informatizados para a produção, publicação e financiamento de conteúdos que atentem contra a Democracia no país.

O evento ‘Democracia Inabalada’ reuniu diversas autoridades em Brasília nesta segunda. Os discursos recordam os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando milhares de manifestantes bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições presidenciais do ano anterior invadiram e destruíram a sede dos três Poderes na capital federal.

Desde os ataques golpistas, o STF já expediu mais de 6 mil decisões relacionadas ao 8 de janeiro. Ao longo do último ano, foram 255 medidas de autorização para busca e apreensão em mais de 400 endereços; além de 350 quebras de sigilo bancário e telemático que culminaram em mais de 800 ações de coletas de provas.

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