Partidos de esquerda, sindicatos e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) se reuniram na tarde desta segunda-feira (8/1) na Casa do Jornalista, em Belo Horizonte, para um ato em defesa da democracia e condenando os ataques realizados por terroristas bolsonaristas há um ano, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.

No local, que não comportou a quantidade de manifestantes, o que fez com que alguns ficassem do lado de fora, foram bradados gritos de "ditadura nunca mais" e "sem anistia" para os golpistas do ato. Foi entregue, de forma simbólica, uma cópia do relatório da CPI dos Atos de 8 de Janeiro para as lideranças presentes.



O presidente do PT mineiro, o deputado estadual Cristiano Silveira, afirmou que o atual governo federal vai relembrar, durante sua gestão, os atentados.

"Nós queremos todo o 8 de Janeiro para relembrar que foi tentativa de golpe. Não dá para minimizar, não dá para relativizar, não foi apenas um evento político de opositores que estavam descontentes com o resultado. (...) Vamos dar a esse evento a gravidade que ele merece e portanto nossa vigília", comentou.

O superintendente do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans e a presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Lina Rocha, organizadores do ato, também reforçaram a importância de que a sociedade esteja vigilante para que atos que visem a ruptura democrática não ganhem adeptos.

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"Hoje a gente se reúne aqui para que se fortaleçam as instituições. O papel da imprensa, que é fundamental nesse combate a ditadura, nessa vigilância, democracia... A imprensa foi muito golpeada nesses anos de governo Bolsonaro", comentou Lina Rocha, relembrando as agressões que jornalistas receberam durante os acampamentos na Avenida Raja Gabaglia na capital mineira.

Superintendente do Ministério do Trabalho, Carlos Calazans, entrega para a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Lina Rocha, uma cópia do relatório da CPI de 8 de Janeiro enviada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT)

Túlio Santos/EM/D.A Press
O ex-vice-prefeito de BH Paulo Lamac (Rede) lamentou que o país tenha que passar por uma luta pela conquista da democracia, poucas décadas após o fim da ditadura cívica-militar.

"É triste ter que estar aqui falando daquilo que já tinha sido conquistado, mas é muito engrandecedor porque estamos cumprindo nosso papel histórico de reafirmar os valores de uma sociedade", comentou.

Por fim, Lamac também apontou a importância de retomar símbolos pátrios que, nos últimos anos, passaram a ser associados com políticos de direita e extrema-direita.

"Tentaram furtar, usurpar nossa identidade nacional, que não é deles. É nossa essa bandeira verde amarela, ela pertence a todos os brasileiros e brasileiras", encerrou.

Estiveram presentes também representantes do Ministério Público, grupos indígenas, diversos partidos políticos e de diferentes sindicatos.

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