A promessa de que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pise em solo mineiro pela primeira vez em seu terceiro mandato segue apenas no campo da hipótese. Passados quase 400 dias desde que o petista voltou ao Palácio do Planalto, ainda não há uma data exata para que ele visite Minas Gerais, único estado do Sudeste onde ele venceu Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e apontado como fiel da balança na mais apertada corrida eleitoral da história do país.
Em resposta à coluna, a assessoria do Palácio do Planalto afirmou que o governo está preparando visitas a Minas para os primeiros meses deste ano. Ainda não há data nem local marcado, porém. O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Rogério Correia (PT) acredita que a visita presidencial deve acontecer apenas em março. Ao EM Minas, o parlamentar disse que Lula espera a ocasião de um anúncio concreto para a viagem.
“Não existe uma data acertada ainda. Minha expectativa é de que ele venha em março, porque em fevereiro tem o Carnaval. No ano passado ele não pôde vir na data marcada por conta da cirurgia na bacia. Ele quer vir agora para anunciar questões mais concretas como o novo leilão da BR-381, as obras dos viadutos no Anel Rodoviário e a passagem permanente do Aeroporto Carlos Prates para o município de Belo Horizonte”, afirmou Correia.
Depois da folga na virada do ano, Lula retomou suas viagens pelo país na última semana. O presidente foi ao Nordeste do país para uma série de eventos. As primeiras paradas foram na quinta-feira em Ipojuca, Pernambuco, e Salvador, onde ele assinou o documento de implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial do Estado da Bahia. No dia seguinte, o petista esteve em Recife para a cerimônia de transmissão de cargo do Comando Militar do Nordeste (CMNE) e em Fortaleza para o lançamento da Pedra Fundamental do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na capital cearense.
Minas Gerais é um dos sete estados por onde Lula não passou neste mandato. Rondônia, Acre e Tocantins, na Região Norte; Alagoas, no Nordeste; Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste; e Santa Catarina, no Sul, completam a lista.
Pacheco quer disciplinar saidinhas
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) disse, na última sexta-feira que as saída temporária de presidiários deverá ser debatida e “disciplinada” pelos parlamentares, o governo federal e o Judiciário. Em fórum de debates na Suíça, o senador mineiro recordou o assassinato do policial militar Roger Dias da Cunha, em Belo Horizonte, por um suspeito que estava em ‘saidinha’ do presídio.“Nós temos que reconhecer que isso não pode ser aplicado a todos e que isso precisa ser melhor disciplinado, porque um sem-número que estão de saída temporária, com um instituto que seria para ressocializar, estão cometendo novos crimes, e crimes como esse que tiram a vida de uma pai de família”, declarou Pacheco. (Bernardo Estillac)
Zema questionado na cultura
A deputada estadual Macaé Evaristo (PT) espera que o ano de 2024 seja marcado por um embate com Romeu Zema (Novo) no campo cultural. A parlamentar integra o bloco de oposição ao governador na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e promete levar o chefe do Executivo mineiro a audiências públicas na casa para discutir os investimentos públicos no setor cultural. “Percentualmente, o governo de Minas investe três vezes menos que a Prefeitura de Belo Horizonte. A cultura é 0,89% do orçamento da capital e 0,26% do orçamento do Estado”, disse a deputada em nota enviada à coluna. (Da redação)
Caem agressões a jornalista
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulga no próximo dia 25 o Relatório Anual da Violência contra a categoria. Os números completos ainda não foram divulgados, mas um dado já publicizado chama a atenção. Houve uma queda significativa das agressões contra jornalistas em 2023. Foram 181 casos contra 576 registrados em 2022. Para a federação, a queda tem relação direta com o fim do governo Jair Bolsonaro, apontado pela entidade como um dos incentivadores da violência contra os jornalistas. Em outubro passado, o ex-presidente da República, foi condenado em segunda instância pela Justiça de São Paulo, em processo movido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, a pagar uma multa de 50 mil por assédio moral contra a categoria durante seu mandato presidencial. A ação foi movida pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. (Alessandra Mello)
Alencar da Silveira Jr. é cotado para o TCE
Já estão em disputa as duas vagas para o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) que serão abertas esse ano com a aposentadoria compulsória de dois conselheiros, José Alves Viana, que completa 75 anos em maio, e Wanderley Ávila, que também atinge a mesma idade em outubro. Essas duas cobiçadas vagas devem ser preenchidas por deputados indicados pela Assembleia Legislativa, que tem a prerrogativa de indicar quatro dos atuais sete conselheiros. Os outros três são escolhidos pelo governador.Entre os cotados estão um dos deputados mais antigos da Casa, Alencar da Silveira Júnior (PDT), em seu oitavo mandato. Também disputam o cargo, os deputados Duarte Bechir e Doutor Wilson, ambos do PSD. Uma outra vaga deve ser aberta em 2025, com a aposentadoria compulsória do conselheiro Mauri Torres. Todos os três integrantes do TCE-MG prestes a se aposentador, foram indicados pela Assembleia. (Alessandra Mello)