A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (29/1), a operação “Vigilância Aproximada”, que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras pessoas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro e sua família. Um dos alvos da operação foi seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

 

 

Nas redes sociais, políticos se manifestaram sobre a operação. Enquanto aliados defendem que Carlos está sendo alvo de uma perseguição, opositores comemoraram a descoberta do envolvimento do vereador com a “Abin paralela”, como foi chamado o sistema de monitoramento ilegal.

 

 

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) afirmou que a "democracia relativa" entrou em ação e que a “perseguição aos opositores desse desgoverno não tem fim”, já Mauricio Marcon (Podemos-RS) afirmou que a direita está sendo perseguida pelo “regime comunista que está sendo implantado no Brasil”. “Infelizmente hoje foi a vez do Carlos Bolsonaro, amanhã será mais um de nós até calarem todos”, postou Marcon.

 

O deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) relacionou a live realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na companhia de seus filhos, Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, com a operação da PF nesta manhã: “Carlos Bolsonaro e Jair fazem uma live colocando 500 mil pessoas ao vivo! 8 horas depois mandam a PF nos endereços de Carlos! A ditadura está aí!”

 

Já a oposição comemorou a recente descoberta da PF e desejou que todos os envolvidos sejam responsabilizados. “O "Bom dia, PF" de hoje é nos endereços de Carlos Bolsonaro. A investigação sobre pessoas ligadas ao esquema da Abin paralela chegou (que surpresa!) no Carluxo e em seus assessores. Que todos responsáveis sejam identificados”, postou Guilherme Boulos (Psol-SP). Já o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) afirmou que a "Abin Paralela" representa um sério ataque à democracia.

 

André Janones (Avente-MG) apontou o fato de um computador da Abin ter sido encontrado em posse do vereador e ironizou a família Bolsonaro, chamando-os de “familícia”. “A Polícia Federal ACABOU de apreender um computador da ABIN com Carlos Bolsonaro. "Vai dar um trabalho danado pro cabeça de caixote explicar essa em? Estamos assistindo ao vivo a queda da famílicia”, escreveu Janones.

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