O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (29/1), que nunca recebeu nenhum relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele disse ainda que desconhece que os filhos dele tenham pedido qualquer informação para Alexandre Ramagem.



A Polícia Federal deflagrou, nesta manhã, nova fase da Operação Vigilância Aproximada, contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

De acordo com Bolsonaro, a operação deflagrada nesta segunda-feira trata-se de uma perseguição pelo governo do presidente Lula (PT) e afirmou que nada será encontrado. “Eles querem me associar a essa ‘Abin paralela’ mas não vão encontrar nada. É uma pesca em piscina. Não vão tirar um peixe. Estou sendo perseguido pelo governo do Lula”, disse Bolsonaro à rede CNN.

 

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O ex-presidente afirmou que estava sem sinal de celular, por volta das 6h, na praia da Joaquina, na região de Angra. “Eu estava sem sinal de celular. Somente por volta das 9h30 que soube dessa operação. Eu sempre saio bem cedo para pescar. A pergunta que fica é: por que a PF chegou por volta das 7h30? Por que não chegaram às 6h, como fazem?” Bolsonaro também negou que houve apreensão de computador da Abin, e alegou que a informação a respeito da apreensão de um computador da Abin era fake news por parte da imprensa.

Depoimento na PF

Segundo o ex-presidente, o filho Carlos Bolsonaro vai prestar depoimento na PF nesta terça-feira (30/1). Bolsonaro afirmou que o processo está em segredo de justiça, que o depoimento do filho dele já estava marcado e negou qualquer ligação com a apreensão deflagrada nesta segunda-feira.

"Ele (Carlos Bolsonaro) vai prestar depoimento, já estava marcado a alguns dias. Poxa, que participação que ele tem na Abin paralela?", perguntou. Questionado se ele teria dado algum tipo de orientação ao filho Bolsonaro afirmou que ele estará acompanhado pelos advogados. "Os advogados vão acompanhar e orientar, não serei eu."

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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