Padre Kelmon (PTB), ex-candidato à Presidência da República em 2022, anunciou a sua pré-candidatura a prefeito da cidade de São Paulo nas eleições de 2024. A informação foi confirmada pela assessoria do político ao UOL.

O vice será pastor evangélico. O nome do pastor Manoel Ferreira Junior, que também é do PTB, já foi definido para disputar o pleito ao lado do baiano. Não foram disponibilizadas informações sobre a oficialização da candidatura da chapa.



O domicílio do pré-candidato é em São Paulo. Ao UOL, o candidato explicou que vive há 22 anos no estado.

"São Paulo é a locomotiva do país", disse o pré-candidato. Ao ser questionado sobre por que decidiu disputar o cargo na capital, Padre Kelmon afirmou que a cidade "precisa de cuidado e carinho e deve servir de referência".

Conservadorismo está presente nas pautas do candidato. Nas redes sociais, o padre se define como "sacerdote ortodoxo, e defensor da vida, família e liberdade". Ele também informa ser presidente do "Foro do Brasil", movimento conservador com políticos de oposição ao governo Lula.

Padre Kelmon não deve contar com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar das dobradinhas nos debates em 2022, o ex-presidente está envolvido em uma costura de aliança do PL com o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), que deve disputar a reeleição.

QUEM É PADRE KELMON?

A parceria com Bolsonaro nas eleições chamou atenção. Natural de Salvador, na Bahia, Kelmon Luis da Silva Souza, conhecido como Padre Kelmon, de 47 anos, repercutiu nas redes após fazer dobradinhas nos debates apoiando o presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a disputa para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022.

Padre Kelmon terminou a disputa de 2022 em 7º lugar. Ele teve 0,07% (81.129 votos, no total).

Ele chegou a ser chamado de "padre de festa junina". A declaração foi realizada pela também candidata à época Soraya Thronicke no debate da TV Globo. A fala virou um dos memes mais destacados nas redes sociais durante as eleições de 2022.

Padre Kelmon nunca exerceu cargo eletivo, segundo o Comprova. Antes de 2022, ele ainda não havia se candidatado a nenhuma eleição, segundo dados do portal de divulgação de candidaturas do TSE, que vão até 2004.

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