O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a esquerda brasileira durante entrevista no programa Pânico da Jovem Pan, nesta segunda-feira (5/2). Segundo Zema, os governos insistem em medidas que deram errado e era preciso deixar o “brasileiro ciente” e, na sua opinião, a esquerda seria ultrapassada.
“A esquerda, aqui no Brasil, do jeito que ela age, deveria propor novamente fazer lobotomia, sangria, fazer tratamento com choque elétrico, isso já foi abandonado pela medicina como tratamento há 50 anos. Mas, parece que aqui eles (esquerda) querem tentar insistir naquilo que já deu errado. Nós temos que deixar o brasileiro ciente, não dá para ficar tentando o que deu errado. 'Eu vou continuar errando que uma hora vai dar certo'. É um raciocínio que não faz sentido”, disse Zema.
Questionado se pode concorrer ao Palácio do Planalto em 2026, Zema voltou a ressaltar que prefere apoiar um candidato da direita, mas não descartou a candidatura. “Estou hoje à frente de Minas para fazer o melhor pelo estado. Se tivermos uma boa gestão, formos bem avaliados, talvez esse caminho possa se concretizar no futuro, mas ainda não me preocupo com isso”, disse.
Nos últimos meses, o governador tem tentado articular um diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A pauta em comum entre o Planalto e o Palácio Tiradentes é a dívida de Minas com a União, avaliada em R$ 160 bilhões. Ao mesmo tempo, Zema tem esquivado de fazer gestos ao petista.
Durante evento que marcou um ano dos ataques golpistas do 8 de janeiro, o governador mineiro chegou a viajar até Brasília, mas desistiu de participar das solenidades alegando ser uma ato “político”. O mandatário do estado também esteve na capital federal para tentar avançar nas negociações da dívida - no final do ano passado o assunto gerou atrito entre o presidente e o governador.
Ontem, Zema publicou um vídeo ao lado do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde afirma que crianças não precisam ser vacinadas para frequentarem as aulas na rede pública estadual.