Operação é realizada após o tenente-coronel Mauro Cid (esq.), ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar delação premiada -  (crédito: Reuters)

Operação é realizada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar delação premiada

crédito: Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022, falou que corria o risco de ser preso por atos antidemocráticos. A fala é apontada como um sinal de que o governo cogitava adotar uma medida antidemocrática para não perder a eleição presidencial daquele ano.

"Eu não tenho dúvida do que está acontecendo. Não tenho prova de muita coisa, mas não tenho dúvida. (...) Eu tenho que me virar acreditando que vai dar tudo certo ano que vem? Eu vou descer daqui da rampa preso por atos antidemocráticos", afirmou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou mandados de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, que alcançou Bolsonaro e aliados. Na quinta-feira (9/2), o ex-presidente; ex-ministros, como Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), general Braga Netto (Casa Civil e Defesa) e outros.

No encontro, os participantes atuavam para adotar estratégias para questionar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral, a PF aponta que eles buscaram provas de fraude, mas sem conseguir nenhuma, resolveram manter o discurso para os apoiadores.

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Também buscaram apoio de militares para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após alguns não aderirem ao discurso, eles passaram a serem atacados nas redes sociais, sendo chamados de traidores, melancias e outras críticas.