Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é alvo de uma intimação da Justiça por fazer uso indevido da imagem da atriz e modelo Leila Diniz -  (crédito: DOUGLAS MAGNO / AFP)

Evento com Michelle Bolsonaro começa nesta segunda-feira (12/2)

crédito: DOUGLAS MAGNO / AFP

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) cancelou a participação em evento conservador nos Estados Unidos, nesse domingo (11/2), após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser alvo de uma operação da Polícia Federal. A informação foi compartilhada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), na página da organização “mulher protagonista academy”. 

Michelle participaria do “Encontro de Mulheres Protagonistas”, que ocorre entre esta segunda-feira (12/2) e a sexta-feira (16/2), em igrejas dos estados da Flórida, Geórgia e Massachusetts. Damares afirmou que a ex-primeira-dama não viajou por causa do “que está acontecendo no Brasil”.

"Estou em Miami me preparando para os eventos Mulheres Protagonistas. Claro, a nossa ex-primeira-dama não pode vir. Todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil. Era mais fácil para mim ter ficado lá. O meu DF também está passando por grandes problemas nestes dias, mas eu decidi vir, porque é neste momento que nós precisamos fortalecer o movimento conservador no Brasil e fora do país", disse a senadora. 

Os eventos contam com venda de ingressos com valores que variam de US$ 45 a US$ 95, o que, com taxas, chega a US$ 103, em torno de R$ 500. 

Na última quinta-feira (8/2), Bolsonaro e seus aliados foram alvos da operação Tempus Veritatis (hora da verdade). A PF investiga uma organização criminosa que seria formada pelo círculo mais próximo do ex-presidente, e que teria o objetivo de aplicar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito. 

Foram 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva contra assessores do ex-presidente e militares, e outras 48 medidas cautelares. Bolsonaro teve o seu passaporte apreendido e foi proibido de deixar o país, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A PF também mirou o ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto; o ex-ministro da defesa, general Paulo Sérgio Nogueira; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.