Em depoimento, Moro disse que a ação contra ele é "um monte de nada" e um "castelo de cartas"  -  (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

Sergio Moro ressaltou que é a primeira fuga do sistema prisional federal

crédito: Roque de Sá/Agência Senado

A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais cobrar explicações sobre a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14/2). Os homens foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, de 34, ambos ligados à facção Comando Vermelho. 

 

O senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça, ressaltou que foi a primeira fuga registrada na história do sistema federal. “Desde 2006, quando foi inaugurada a primeira unidade, em Catanduvas (PR), nunca tinha havido uma fuga de presídio federal. São necessários esclarecimentos do Governo Federal sobre o ocorrido”, disse.

 

Inicialmente, os criminosos estavam lotados na penitenciária de Antônio Amaro, em Rio Branco no Acre, mas foram transferidos para Mossoró em setembro de 2023 após uma rebelião. O motim dos detentos resultou na morte de cinco presos, três deles decapitados. Rogério e Deibson estavam presos na mesma unidade que Fernandinho Beira-Mar.

 

A Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande Do Norte atuam para recapturar os homens e apurar as circunstâncias da fuga. Em nota, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) disse que o secretário André Garcia viajou para Mossoró para investigar os fatos e apurar as responsabilidades do ocorrido.

 

Outros parlamentares também comentaram o caso. O deputado federal Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, disse que o caso “é o exato retrato do caos que virou a segurança pública do Brasil”. O deputado afirmou que cobrou informações sobre as “gravíssimas fugas”.

 

Já o senador Ciro Nogueira (PP-PÍ) criticou o fato do presidente Lula estar em agenda internacional. “O presidente, para variar, está do outro lado do planeta tentando apitar na 'segurança do mundo'. Enquanto isso, no Brasil, o descaso com a segurança pública do governo do PT passa de todos os limites”, frisou.