O ex-ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub (PMB), usou as redes sociais para criticar o antigo "patrão", sem citá-lo nominalmente, a quem chegou a chamar de "canalha covarde".
"Você já teve um chefe falso? Que fala uma coisa e faz outra? Um chefe mentiroso? Canalha? Covarde? Ladrão? Que nunca assume a responsabilidade e sempre coloca a culpa nos outros? Pois é... EU TIVE...", escreveu o economista.
O texto é acompanhado de uma arte do cartunista e jornalista paranaense Alberto Benett, que mostra um homem abraçando outro e dizendo palavras afetuosas, enquanto segura um boneco vudu do "abraçado" todo alfinetado.Você já teve um chefe falso?
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) February 14, 2024
Que fala uma coisa e faz outra?
Um chefe mentiroso? Canalha? Covarde? Ladrão?
Que nunca assume a responsabilidade e sempre coloca a culpa nos outros?
Pois é... EU TIVE... pic.twitter.com/PL5Oud6TgD
Na postagem, alguém perguntou, de forma provocativa, se ele havia trabalhado com José Dirceu (PT), ao que foi respondido que o "chefe" foi responsável por ter tido o celular grampeado e que era "um canalha covarde".
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No início de fevereiro, a Polícia Federal (PF) divulgou uma lista de alguns opositores e aliados de Bolsonaro que foram monitorados e rastreados por meio do software FirstMile, fornecido por uma empresa israelense de 2019 a 2021.
Entre eles, estavam Abraham Weintraub, os ex-ministros Anderson Torres, General Santos Cruz, Flávia Péres, o ex-governador João Dória, entre outros.
Ministro da Educação
Em abril de 2019, Weintraub foi nomeado por Bolsonaro para o cargo de ministro da Educação, no lugar do professor Ricardo Vélez Rodríguez, onde permaneceu até junho de 2020.
Durante sua gestão teve diversos embates com a imprensa e ataques a opositores.
Weintraub chegou a defender o direito de alunos de filmarem professores durante as aulas, o que causou reação de educadores e de juristas.
Também realizou ataques aos chineses, ao zombar de uma suposta dificuldade destes asiáticos ao pronunciar certas palavras em português. A embaixada da China chamou as declarações de "racistas, absurdas e desprezíveis".
Em outro momento, durante uma reunião ministerial, ele chegou a afirmar que "por mim, botava esses vagabundos todos na cadeira. Começando no STF".