O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, em São Paulo, foi idealizado pelo pastor Silas Malafaia e será bancado pela Associação Vitória em Cristo, igreja da qual o pastor é líder.
Acompanhado do deputado federal Zucco (Republicanos-RS) e do assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten, Malafaia afirmou que o evento será pacífico.
"Estamos defendendo o estado democrático de direito. Manifestações pacíficas são livres em nossa nação", disse Malafaia.
Ele alega que o ato não será necessariamente em defesa de Bolsonaro, mas em prol da defesa do estado de direito. O trio elétrico a ser usado no evento será custeado pela igreja de Malafaia.
O ex-presidente e apoiadores são investigados pela Polícia Federal (PF) por uma tentativa de rompimento com o estado democrático de direito no Brasil. Segundo documentos apreendidos pela PF, a cúpula do governo Bolsonaro questionou reiteradamente a possibilidade de fraudes nas eleições, mesmo sem provas, e estimulou a ação dos bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Também foi cogitado, entre outras medidas, infiltrar membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas eleitorais à presidência em 2022, e a prisão dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e o presidente do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
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Malafaia, apoiador incondicional de Bolsonaro, costuma usar suas redes sociais majoritariamente para atacar opositores e pessoas apontadas como "perseguidoras" do ex-presidente. Entre eles, estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, citado em 11 das últimas 12 postagens, feitas nas últimas 24 horas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Rede Globo, esses dois criticados na outra postagem.