O prefeito da capital paulista Ricardo Nunes (MDB) e o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos) -  (crédito: Divulgação/Governo de São Paulo)

O prefeito da capital paulista Ricardo Nunes (MDB) e o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos)

crédito: Divulgação/Governo de São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta sexta-feira (16/1) que deve comparecer irá à manifestação a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) marcada para o dia 25, um domingo, na avenida Paulista. "Devo comparecer", disse o prefeito.

 

A declaração foi dada em evento de entrega de moradias no Sacomã (zona sul de SP), com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também já disse que irá ao ato com o ex-presidente. Nunes e Tarcísio cultivam uma relação de atritos e aproximações com a base bolsonarista e são frequentemente cobrados a se posicionar publicamente em defesa do ex-presidente pelos aliados mais próximos de Bolsonaro.

 

 

 

O prefeito vai disputar a reeleição neste ano e busca o apoio do ex-presidente para a campanha, incluindo a opção de indicar um vice do PL para a chapa.

 

No início da semana, Bolsonaro gravou vídeo no qual chama apoiadores para o ato na Paulista. A mensagem começou a ser espalhada por aliados na segunda (12/1), em meio às investigações da Polícia Federal sobre a atuação do ex-mandatário em uma trama golpista.

 

No vídeo, Bolsonaro pede aos apoiadores que não levem faixas e cartazes contra ninguém e fala em ato de apoio ao que chama de "estado democrático de direito". "Nesse evento eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses", afirmou.

 

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

 

Bolsonaro ainda não foi indiciado por esses delitos, mas as suspeitas sobre esses crimes levaram a Polícia Federal a deflagrar uma operação que mirou seus aliados na última quinta-feira (8).

 

O ex-presidente já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de diferentes outras investigações no STF (Supremo Tribunal Federal). Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030.