O  ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, durante o 1º Encontro de Evidências em Direitos Humanos

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, durante o 1º Encontro de Evidências em Direitos Humanos"

crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (20/2) por fala que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com as da Alemanha nazista.

Em texto publicado nas redes sociais, Silvio afirmou que "é o governo extremista de Israel que promove o massacre, e não a comunidade judaica", e que Lula em nenhum momento criticou a população israelense ou os judeus. O ministro destacou, ainda, que a declaração do presidente brasileiro ocorre em um momento em que Israel se prepara para atacar Rafah, onde 1,6 milhão de palestinos estão refugiados, no que pode ser uma "tragédia sem precedentes".


 

"É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer", escreveu Silvio Almeida em sua conta no X (antigo Twitter).

"Nada pode ser mais urgente do que interromper as manifestas violações ao direito humanitário e nada, absolutamente nada, pode nos indignar mais do que a situação pelas quais passam as pessoas - todas as pessoas, sem exceção - afetadas por esta violência", pontuou ainda sobre a guerra na Faixa de Gaza.

"Ação desproporcional e assassina"

O ministro acompanhou Lula durante sua viagem à Etiópia, onde o presidente comparou as ações de Israel com as do líder nazista Adolf Hitler, em coletiva de imprensa no último domingo (18). Silvio argumentou em seu texto que Israel vem perdendo apoio no cenário internacional devido à sua resposta desproporcional ao ataque do grupo extremista Hamas.

"Em nenhum momento o presidente Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica. Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional", esclareceu o ministro.

As declarações de Lula geraram uma crise diplomática com Israel, e o mandatário foi declarado persona non grata no país até que se retrate. O presidente, porém, decidiu enfrentar a situação pela via da diplomacia, e não deve pedir desculpas.