
STF confirma liminar que prorroga prazo para pagamento da dívida de Minas
Zema tem até o dia 20 de abril para o estado voltar a quitar as parcelas de débito de cerca de R$ 160 bilhões
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Siga noO Supremo Tribunal Federal (STF) referendou, na tarde desta terça-feira (20/2), a decisão, dada em caráter liminar em dezembro passado, de adiar até o dia 20 de abril o prazo para Minas Gerais voltar a quitar as parcelas da dívida do estado com a União, calculada em cerca de R$ 160 bilhões.
Por maioria, a corte acatou a liminar do ministro Kássio Nunes Marques, solicitada pelo governador Romeu Zema (Novo) no fim do ano passado, em função da não apreciação pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) do projeto de adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).
A proposta sofreu resistência na ALMG, pois parcelava esse débito em nove anos mediante a adoção pelo estado de medidas de contenção despesas – como congelamento de salários do funcionalismo, adoção de teto de gastos e venda de estatais. Além de Nunes Marques, votaram pela prorrogação do prazo os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Carmem Lúcia.
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Uma alternativa foi apresentada por Pacheco, com o aval do governador, e ela segue em análise pelo governo federal. Ela envolve abatimento de créditos do Estado com a União por causa das perdas da Lei Kandir – que desonerou o ICMS para exportação de produtos primários –, de recursos devidos pelas mineradoras a Minas Gerais em função do rompimento das barragens e também com a federalização da Copasa e Cemig, estatais mineiras de água e energia.
Se até o dia 20 de abril não for encontrada uma solução alternativa, o estado terá que voltar a pagar as parcelas da dívida, que não estão sendo quitadas desde o fim da gestão do governador Fernando Pimentel (PT) que obteve na Justiça uma decisão suspendendo temporariamente essa obrigação. Desde então, o estado não paga as parcelas da dívida, mas teria que retomar esse pagamento em dezembro passado.