
Flávio Dino toma posse no STF nesta quinta-feira (22/2)
Cerimônia está marcada para as 16h. O ex-senador ocupará a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber
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Siga noO ex-senador Flávio Dino toma posse, nesta quinta-feira, às 16h, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga da aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Dino se concentrou, nas últimas semanas, à montagem da equipe. Ele poderá ficar no cargo por 19 anos, ou seja, até 2043.
Nos meses que antecederam a chegada ao Supremo, ocupou cargos no Executivo e no Legislativo. Estava no comando do Ministério da Justiça quando extremistas invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o próprio STF. Em 2022, elegeu-se senador, com 2,1 milhões de votos. Também foi juiz federal por 12 anos.
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Dino não atuará na relatoria dos processos sobre as invasões, pois estão sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, quando as ações forem a plenário, seja físico, seja virtual, poderá se posicionar, não tendo a intenção de pedir suspeição, de acordo com fontes consultadas pelo Correio, pois ele não atuou como parte nos processos.
O gabinete do novo ministro terá três juízes auxiliares, sendo que dois, os magistrados estaduais Anderson Sobral e Amanda Thomé, são do Maranhão, estado natal dele, do qual foi governador entre 2015 e 2022. O terceiro ocupante da equipe de Dino será o juiz federal Americo Bedê, do Espírito Santo. O gabinete será chefiado pela jornalista Rafaela Vidigal, que já foi assessora do ex-parlamentar quando ele ocupava o posto de governador.
O novo ministro do STF também escolheu a advogada Priscila Carnaúba, esposa do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo Lula no Congresso, para ocupar uma das vagas no gabinete. A jurista já trabalhava na Corte, com a ministra Cármen Lúcia.
Homem de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dino enfatizou, no discurso que fez ao deixar o cargo de senador, que agirá de forma técnica, com imparcialidade. E prometeu atuar pela "harmonia entre os Poderes".
Ele vai herdar 343 processos que estavam sob relatoria de Rosa Weber. Entre as ações, há processos sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e decretos de indulto de Natal.