Bolsonaro sinalizou que deve ficar em silêncio em depoimento à PF, que investiga plano golpista
 -  (crédito: Zack Stencil/PL)

Bolsonaro sinalizou que deve ficar em silêncio em depoimento à PF, que investiga plano golpista

crédito: Zack Stencil/PL

O Exército Brasileiro começou a preparar um alojamento no Comando Militar do Planalto para receber possíveis alvos de prisão por tentativa de golpe de Estado, investigada pela Polícia Federal. O local passou por melhorias em meio ao depoimento que o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares prestarão à PF nesta quinta-feira (22/2). As informações são da coluna Radar, da revista Veja.

A preocupação é a de que os militares de alta patente que são investigados possam ser presos. Como Bolsonaro é capitão reformado do Exército, ele pode optar por ficar em uma unidade militar, caso seja detido. Cabe lembrar que o Exército já teve de preparar celas às pressas para receber militares, como o tenente-coronel Mauro Cid.

 

"A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do STF, logo após as prisões”, disse uma fonte do Exército à Veja. Entre os militares, o termo "antiguidade" é referente a oficiais de alta patente.

Depoimentos

Os depoimentos desta quinta-feira (22/2) fazem parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro para apurar a disseminação de mentiras sobre o sistema eletrônico de votação e a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado. Todos os investigados vão depor ao mesmo tempo à PF como estratégia para evitar a combinação de versão entre eles. 

Bolsonaro sinalizou, na terça-feira (20/2), que deve ficar em silêncio na oitiva. Os depoimentos estão marcados para ocorrer a partir de 14h30. Já o ex-ministro da Justiça Anderson Torres deve colaborar com as autoridades e responder a todas as perguntas que forem feitas a ele.

Veja quem foi chamado para depor:

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente);
  • Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército);
  • Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência);
  • Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro);
  • Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha);
  • Valdemar Costa Neto (presidente do PL);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército);
  • Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro);
  • Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército);
  • Bernardo Ferreira de Araújo Júnior;
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).