SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A presença de bandeiras de Israel no ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizado neste domingo (25) na avenida Paulista foi celebrada pelo chanceler israelense, Israel Katz, no X.
Membro do Likud, partido tradicional da direita israelense ao qual também pertence o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, Katz tem feito publicações quase que diárias em seus perfis oficiais para criticar o presidente Lula (PT).
Desta vez, escreveu em hebraico e também em português, como tem feito em todas críticas ao petista: "Muito obrigado ao povo brasileiro por apoiar Israel. Nem Lula conseguirá nos separar".
As constantes indiretas tiveram início após Lula, durante viagem à Etiópia, voltar a dizer que as ações de Israel em Gaza configuram um genocídio e acrescentar que se assemelham às ações de Adolf Hitler contra os judeus durante o Holocausto nazista.
A declaração, pela qual o petista não se retratou, foi condenada por diversos setores. Bibi, como o líder de Israel é conhecido, disse que Lula havia cruzado uma linha vermelha.
Pouco depois, o presidente foi declarado "persona non grata" por Tel Aviv durante uma midiática ação no Memorial do Holocausto.
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Bolsonaro reuniu milhares de pessoas na Paulista e negou a trama golpista em relação à qual correm diversas investigações. As bandeiras de Israel foram onipresentes. Item obrigatório entre os camelôs, a bandeira do país foi escolhida pelo ex-presidente no primeiro aceno ao público em cima do trio elétrico.
Quando presidente, Bolsonaro buscou alianças políticas com Israel. Chegou a visitar o país do Oriente Médio e, em uma repetição do ex-presidente americano Donald Trump, seu aliado, disse que iria transferir a embaixada do Brasil em Tel Aviv para Jerusalém.