O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta quarta-feira (28/2) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pareceu fazer uma confissão ao citar a minuta golpista em discurso no último domingo (25/2).
"Parece [que foi uma confissão], que todos sabiam", disse o ministro em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Ele também disse que a manifestação de domingo "não muda uma linha" em relação à apuração ou ao entendimento do STF. "Entendo que o presidente saiu de uma situação de possível autor intelectual para uma situação de potencial autor material de todo esse quadro, é isso que a investigação da Polícia Federal trouxe".
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Gilmar afirmou ainda que o pedido de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2022 "não tem cabimento". Em entrevista publicada na terça-feira (27/2) pela revista Carta Capital, ele disse que os atos foram muito graves, e que alguns julgamentos já estão muito avançados para que essa sugestão seja pertinente.
Bolsonaro reconheceu a existência de um rascunho de decreto golpista durante discurso no último domingo. "O golpe é porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência", disse. A PF vai incluir a fala na investigação.