O pastor Silas Malafaia comentou a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o mandatário falou a respeito da manifestação bolsonarista de domingo (25/2). Em conversa com o jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV, o petista havia dito que não era possível negar que o ato havia sido grande, mas afirmou que era em apoio à suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Malafaia ironizou a fala de Lula e enfatizou que a esquerda não consegue mobilizar um contingente grande de pessoas para manifestações sem “alugar ônibus” e distribuir “pão com mortadela”. O pastor também negou que o ato seja para apoiar um golpe e disse que, na verdade, foi para evitar um “golpe em curso”.
“Você, Lula, é o chefe do comunismo na América Latina, porque é o comandante do Foro de São Paulo. Aqui não vai virar uma Venezuela. Aqui não vai virar Nicarágua nem Cuba. O povo está acordando e não vai permitir. E outra: de maneira pacífica, não é com quebra-quebra, não. Quebra-quebra e deixar policial ferido é com vocês (esquerda)”, disse Malafaia.
Durante ato na Avenida Paulista, o aliado do ex-presidente disse que há uma “trama do mal” para prender Bolsonaro e questionou a conduta da Justiça durante as eleições de 2022. “Todo mundo sabe como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida, mas não podiam chamar Lula de ex-presidiário", disse.
O líder religioso também afirmou que os ataques do 8 de janeiro de 2023, em Brasília, não podem ser considerados como movimento golpista e que o sangue de um dos homens condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estaria nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. “Golpe tem arma. Tem bomba. Uma mulher com crucifixo católica que sentou na mesa do presidente do Senado, 17 anos de cadeia", frisou.
Vale lembrar que os ataques de 8 de janeiro, organizados e protagonizados por eleitores de Bolsonaro, culminaram na depredação da sede dos Três Poderes.