Ex-ministro da Educação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub foi demitido do cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por acumular 218 faltas não justificadas ao trabalho.
A demissão de Weintraub foi publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (7/2), pela Controladoria Geral da União. O desligamento do ex-ministro de Bolsonaro foi feito a partir de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Neste processo, justifica a CGU, Weintraub teve direito à defesa e ao contraditório.
Na Unifesp, Abraham Weintraub exercia o cargo de professor do magistério superior no período de outubro de 2022 a setembro de 2023. A penalidade de expulsão da universidade fará com que Weinttraub fique inelegível por oito anos conforme previsto na norma que trata de inelegibilidade (nº 64/1990).
Após a decisão da CGU, Abraham Weintraub se pronunciou em seu perfil no Twitter. Ele criticou a CGU, ao classificá-la como "CGU do Lula" e convocou as pessoas a acompanharem seus pronunciamentos na rede.
Quem é Weintraub
A gestão do ex-ministro Abraham Weintraub na pasta da Educação ocorreu entre o início do governo Bolsonaro e o mês de junho de 2020. Polêmico, o então ministro travava brigas com universidades federais.
Em 2019, ele anunciou o contingenciamento de verbas para as instituições de ensino superior, medida que gerou uma série de protestos em todo o país. Mais de uma vez, afirmou que havia plantação de maconha nas universidades e acusou os estudantes da UnB de “balbúrdia”.
Após deixar o governo, em 2020, Weintraub foi indicado a um cargo no Banco Mundial. Em 2022, o ex-ministro concorreu a uma vaga de deputado federal pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). Seu desempenho nas urnas foi baixo, com pouco mais de quatro mil votos, e acabou não se elegendo.
Em 2024, Weintraub estava com planos para se lançar candidato à prefeitura de São Paulo como candidato avulso, sem estar filiado a um partido político. Atualmente o ex-ministro da Educação está brigado com Jair Bolsonaro.