O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou a operação da Polícia Federal (PF) que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros aliados, incluindo militares de alta patente, nesta quinta-feira (8/2). Ao todo, 33 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos agentes federais, além de quatro mandados de prisão e 48 medidas cautelares, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações apuram a existência de uma minuta golpista que teria com objetivo abolir o Estado Democrático de Direito para manter Bolsonaro no comando da República. Citado na versão original da minuta, Pacheco classificou a tentativa golpista como obra de uma “minoria irresponsável” e uma “ação insensata”.
“Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas. Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”, disse o Senador mineiro, em nota enviada à imprensa.
A ação foi batizada de Tempus Veritatis e investiga uma organização criminosa que, diz a PF, atuou na tentativa de golpe de Estado. As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito das milícias digitais.
Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se "dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital."
Bolsonaro teve o passaporte apreendido em Brasília, enquanto outros assessores foram presos preventivamente. A PF também mirou o ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.