Durante reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), em julho de 2022, o ministro General Augusto Heleno, na época responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), defendeu que fosse realizada uma "virada de mesa" para garantir a reeleição. A fala foi proferida antes da realização das eleições daquele ano. Na oportunidade, ele fez uma alusão ao VAR, sistema que auxilia o árbitro de futebol. 

 

 

"Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições", disse o general, em referência ao assistente de vídeo.

 



 

No dia, Heleno também afirmou que seria necessário "agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas" antes do pleito.

 

 

O documento da reunião tem mais de 10 páginas. A prova está na decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e que embasou a Operação "Tempus Veritatis", que cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e quatro prisões preventivas nesta quinta-feira (8/2).

 

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Estiveram presentes no dia 5 de julho, além dos supracitados, os ministros Anderson Torres, da Justiça; Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa; Mário Fernandes, chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência; e o general Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil e futuro candidato à vice na chapa de Bolsonaro.

 

A gravação da reunião foi apreendida na casa do ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

 

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