A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Governo Federal anunciaram um acordo que vai liberar R$ 65 milhões para obras no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo. Os recursos virão do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC-3) para a primeira fase do planejamento das obras: a construção de alças de acesso entre o Anel Rodoviário e a BR-040 e a ligação com a Via Expressa.



O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (8/2) durante o evento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Minascentro, região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Isso vai reduzir o estreitamento que a cidade sofre na saída da capital, melhorando a fluidez no trânsito e, consequentemente, a vida da população”, disse o Ministro de Transportes Renan Filho.

Por ser uma rodovia federal, a PBH precisou firmar um convênio com o Dnit para o início das obras. Fato semelhante foi feito para a construção da área de escape no trecho próximo ao Bairro Betânia.

As obras no Anel são um desejo antigo da administração municipal. No último ano, diversas reuniões foram feitas com integrantes do governo federal, onde as negociações avançaram.

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A rodovia é palco de uma parcela significativa de acidentes de trânsito no município, especialmente atropelamentos com vítimas fatais. Segundo a PBH, em 2022, a Polícia Militar Rodoviária registrou cerca de 730 acidentes com vítimas no Anel Rodoviário, resultando em 60 mortes.

Ao todo, as intervenções propostas pela Prefeitura de Belo Horizonte envolvem oito pontos do Anel, com recursos do PAC-3. A Prefeitura ficará responsável pela elaboração dos projetos e execução das obras, que incluem a construção ou alargamento de viadutos já existentes, alças viárias e passarelas. O investimento total estimado é de R$ 1,5 bilhão, com recursos do governo federal.

Com 26,2 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário começa na união das rodovias BR-262 e BR-381, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré, na região Nordeste de BH, e termina no encontro das rodovias BR-040 e BR-356, no bairro Olhos d'Água, na região Oeste.

Ele foi construído no início da década de 1960 com o objetivo de desafogar o tráfego de carga que crescia e passava pela região central de Belo Horizonte. No entanto, teve seu uso modificado, principalmente por conta do crescimento populacional da Região Metropolitana, e se tornou um dos corredores de trânsito urbano mais movimentados da cidade.

A rodovia recebe diariamente 130 mil veículos em toda sua extensão, que cruza algumas das principais vias de Belo Horizonte, como as avenidas Cristiano Machado, Antônio Carlos, Carlos Luz (Catalão), Pedro II, Via Expressa e Amazonas.

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