A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a "minuta golpista" encontrada no escritório dele na sede do Partido Liberal foi impressa para facilitar a leitura. A alegação é que o ex-presidente dificuldades para ler.
"O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel", afirmou a defesa, em nota.
A Operação Tempus Veritatis foi realizada pela Polícia Federal (PF) nessa quinta-feira (8/2) e deflagrada por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O documento foi enviado pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno para que Bolsonaro, segundo a defesa, tomasse conhecimento do conteúdo. A defesa alega que o ex-presidente só viu a minuta em outubro de 2023.
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O texto, que não possui assinatura de autor, buscava validar ações para causar uma ruptura do Estado Democrático de Direito, afirmando que a medida estaria dentro da Constituição.