O ex-ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Abraham Weintraub (PMB), usou as redes sociais para criticar o antigo "patrão", sem citá-lo nominalmente, a quem chegou a chamar de "canalha covarde".

"Você já teve um chefe falso? Que fala uma coisa e faz outra? Um chefe mentiroso? Canalha? Covarde? Ladrão? Que nunca assume a responsabilidade e sempre coloca a culpa nos outros? Pois é... EU TIVE...", escreveu o economista.



O texto é acompanhado de uma arte do cartunista e jornalista paranaense Alberto Benett, que mostra um homem abraçando outro e dizendo palavras afetuosas, enquanto segura um boneco vudu do "abraçado" todo alfinetado.

Na postagem, alguém perguntou, de forma provocativa, se ele havia trabalhado com José Dirceu (PT), ao que foi respondido que o "chefe" foi responsável por ter tido o celular grampeado e que era "um canalha covarde".

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No início de fevereiro, a Polícia Federal (PF) divulgou uma lista de alguns opositores e aliados de Bolsonaro que foram monitorados e rastreados por meio do software FirstMile, fornecido por uma empresa israelense de 2019 a 2021.

Entre eles, estavam Abraham Weintraub, os ex-ministros Anderson Torres, General Santos Cruz, Flávia Péres, o ex-governador João Dória, entre outros.

Ministro da Educação

Em abril de 2019, Weintraub foi nomeado por Bolsonaro para o cargo de ministro da Educação, no lugar do professor Ricardo Vélez Rodríguez, onde permaneceu até junho de 2020.

Durante sua gestão teve diversos embates com a imprensa e ataques a opositores.

Weintraub chegou a defender o direito de alunos de filmarem professores durante as aulas, o que causou reação de educadores e de juristas.

Também realizou ataques aos chineses, ao zombar de uma suposta dificuldade destes asiáticos ao pronunciar certas palavras em português. A embaixada da China chamou as declarações de "racistas, absurdas e desprezíveis".

Em outro momento, durante uma reunião ministerial, ele chegou a afirmar que "por mim, botava esses vagabundos todos na cadeira. Começando no STF".

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