O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na manhã deste domingo (18/2), que parece ter tido a conivência de alguém na fuga de dois presidiários da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Os dois fugiram na madrugada de quarta-feira e ainda não foram recapturados.
Lula disse, em coletiva de imprensa na Etiópia, não querer acusar ninguém, mas que espera que a investigação aponte o que realmente aconteceu. “É a primeira vez que alguém foge de um presídio [de segurança máxima]. Isso significa que pode ter havido um relaxamento e nós precisamos saber de quem”, disse.
O presidente ressaltou que seria muito difícil ninguém ver os dois fugindo. “Estamos à procura dos presos, esperamos encontrá-los e, obviamente, queremos saber como que esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Só faltava contratar uma escavadeira. Eu não quero acusar, mas teoricamente parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro. Como eu não posso acusar ninguém, eu sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local e pela Polícia Federal nos indique amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró”, afirmou.
Os dois fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, o Deisinho. Mais de 300 policiais participam das buscas. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, chega a Mossoró neste domingo para acompanhar as buscas.
Mossoró é um dos cinco presídios federais do Brasil. O sistema foi criado em 2006 para combater o sistema organizado separando lideranças e nunca tinha registrado uma fuga.