Para o jornalista e editor do site Ópera Mundi, Breno Altman, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria pensar em ampliar a segurança depois das declarações comparando a operação militar israelense em Gaza ao Holocausto. Para ele, os serviços de inteligência de Israel são famosos pelas operações no exterior que eliminam adversários do Estado israelense.

"Se eu fosse o Lula, eu dobrava a segurança. Mas a declaração dele não comparou grandezas, comparou metodologias. Na comparação metodológica ele está correto, ou seja, é a metodologia de extermínio de um povo. O Holocausto teve uma escala industrial, mas a ideia de extermínio é similar. É isso o que deseja o governo Netanyahu, uma limpeza étnica", disse Altman ao Correio Braziliense.



O jornalista lança, amanhã, na Universidade de Brasília (UnB), o livro Contra o sionismo, em que discute a doutrina que fundamenta a criação do Estado de Israel na primeira metade do século 20. Altman defende, no livro, que essa é uma ideologia colonial e racista e critica a ação militar de Israel em Gaza, que diz já se aproximar, em número de crianças mortas, ao de crianças judias vítimas do Holocausto.

"Claro que o nazismo teve uma escala industrial muito superior ao que nós temos hoje na Palestina. Mas se continuar isso por mais tempo, o número de mortes de crianças (em Gaza) pode superar ao nazismo", frisou.

Com suas posições críticas, apesar de judeu, Altman virou alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF).

Além de polêmicas, o jornalista acumula uma série de denúncias e processos movidos pela Confederação Israelita do Brasil (Conib).

A reportagem tentou contato com o presidente da Conib, Claudio Lottenberg, que preferiu não comentar o assunto.

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