O produtor de conteúdo Bruno Monteiro Aiub, o Monark, foi às redes sociais defender a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou ataques de Israel à população palestina na Faixa de Gaza com o Holocausto praticado por Hitler contra os judeus.
"Lula não está errado nessa última polêmica", escreveu o influenciador, que é conhecido por ser um contumaz crítico do Partido dos Trabalhadores e do presidente.
Uma série de seguidores e apoiadores bolsonaristas vieram na postagem criticar a posição de Monark, ao que ele pediu para que eles "buscassem conhecimento".
"O Governo de Israel passou do limite da proporcionalidade. Está havendo uma destruição completa de Gaza, não só do Hamas. Existem milhões de pessoas passando fome, desabrigadas e sem água e ainda por cima sendo bombardeadas. Isso é uma crise humanitária de proporções apocalípticas. Se continuar indo nessa direção, milhões de inocentes morrerão em vão", analisou o youtuber.
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A fala gerou ainda mais críticas de seus seguidores, ao que ele respondeu que tem compromisso "em ser autêntico" em seus posicionamentos e que a culpa não é inteiramente de Israel.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas, que reclama, entre outras coisas, dos assentamentos israelenses em Gaza, coordenou um ataque a Israel matando cerca de 1,4 mil pessoas. O grupo ainda sequestrou mais de duas centenas de israelenses, sendo que mais de cem foram libertados e, até o momento, 134 seguem mantidos pelo grupo.
Em resposta aos ataques, o governo de Israel decidiu realizar uma ofensiva sobre o território, alegando uma ação militar contra membros do Hamas. Desde então, afirma o Ministério da Saúde do Hamas, quase 29 mil pessoas morreram, além de 2,4 milhões estarem desabrigados por terem que sair de suas casas devido ao conflito.
Ao longo dos últimos quatro meses, o exército israelense foi acusado de ter invadido e bombardeado hospitais e ambulâncias, o que é caracterizado como crime de guerra, segundo a Convenção de Genebra de 1949 da qual Israel é signatário.
Um cessar-fogo e uma pausa humanitária imediata é defendido por diversos países, como União Europeia, África do Sul, Brasil, Emirados Árabes Unidos e Argélia, sendo os três últimos responsáveis por propostas no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Apesar de também afirmar defender essa posição, os Estados Unidos, que possui poder de veto por ser membro permanente do grupo, vetou as três propostas.