O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta quarta (21/2) os inquéritos dos quais é alvo e disse que o ato que convocou para o próximo domingo (25/2) terá poucos discursos.

 



 

"Não podemos continuar vivendo aqui naquele impasse. 'Ah, o Bolsonaro vai ser preso amanhã. Pode ser preso a qualquer momento'. Qual crime eu cometi?", disse ele. O ex-presidente concedeu entrevista a Esmael Morais, que se apresenta como um blogueiro de esquerda.

 

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Sobre a manifestação de domingo, Bolsonaro afirmou na entrevista que será um ato pacífico e pedindo respeito à Constituição.

 

Também disse que poucas pessoas devem falar no evento. "A senhora Michelle [Bolsonaro] fazendo uma oração. Seria o governador Tarcísio [de Freitas] o próprio pastor Silas Malafaia e eu. A princípio apenas essas pessoas falarão. Qual o recado ali? Em defesa do Estado democrático de Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e liberdade."

 

Bolsonaro também disse que não vai responder a perguntas nesta quinta em depoimento marcado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), porque seus advogados ainda não tiveram acesso aos autos da investigação sobre golpismo.

 

"Pelo processo legal, eu tenho que saber do que estou sendo acusado. Eu tenho que ter acesso ao processo."

 

Na entrevista, ele se disse vítima de uma "perseguição sem tamanho" do governo Lula e de "outros setores".

 

"Na transição, ninguém reclamou. Foi feita uma transição pacífica. No penúltimo dia, fui embora para os Estados Unidos. Resolvi não passar a faixa, é um direito meu. Não é porque [João] Figueiredo não passou a faixa para [José] Sarney lá atrás. É um direito meu. Não sou obrigado a fazer isso aí."

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