O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento no inquérito que investiga uma organização criminosa que tramava um plano golpista após a derrota nas eleições para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Bolsonaro, outras 22 pessoas serão ouvidas nesta quinta-feira (22/2).

A defesa do ex-presidente tentou adiar o depoimento, mas os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro ainda sinalizou que poderia não comparecer à oitiva, mas o presidente voltou atrás. Ele ainda pode se manter em silêncio.



A organização criminosa estaria organizada em núcleos para colocar em ação um plano de golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito, contando com a participação do núcleo mais próximo do ex-presidente, como generais do Exército e ex-ministros. Ainda devem depor, simultaneamente, o general Walter Souza Braga Netto; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Parte das investigações envolvem uma reunião ministerial em julho de 2022, na qual Bolsonaro e ministros tramaram o movimento golpista. Em razão das diligências, o ex-presidente teve o passaporte apreendido e foi proibido de deixar o país.

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Os advogados do ex-presidente negam que ele tenha tramado um golpe. Bolsonaro ainda afirmou estar sendo perseguido desde que deixou o Palácio do Planalto. Ele convocou uma manifestação em “defesa da democracia” para o próximo sábado (25/2), em São Paulo.

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