Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concederam uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22/2) e defenderam que o ex-presidente é inocente de todas as acusações de tentativa de golpe. A entrevista foi concedida após a chegada do ex-presidente na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, para prestar depoimento. Bolsonaro preferiu ficar em silêncio durante a oitiva.

 

 

Segundo o advogado Paulo Amador da Costa Bueno, Bolsonaro "nunca demonstrou simpatia por qualquer tentativa golpista". "O ex-presidente jamais considerou a implementação de um estado de sítio e não teme qualquer investigação pois não cometeu nenhum delito", afirmou ele.

 



 

Ao lado de Fabio Wajngarten, Paulo Amador anunciou que a defesa de Bolsonaro apresentou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a Corte desconsidere um habeas corpus impetrado por um advogado que não representa Bolsonaro. O objetivo é garantir a presença do ex-chefe do Executivo no evento da Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo (25/2).

 

O pedido original foi feito pelo advogado Jeffrey Chiquini da Costa, que solicitou ao Tribunal a garantia do direito de manifestação do pensamento e do legítimo direito de reunião de Bolsonaro na manifestação em São Paulo, convocada pelo ex-presidente nas redes sociais no domingo de carnaval (12/2).

 

Chiquini recorreu ao STF alegando o risco de Bolsonaro ter sua liberdade cerceada devido a uma decisão de Alexandre de Moraes, que confiscou o passaporte do ex-presidente e o impediu de se comunicar com outros investigados envolvidos em uma suposta trama para decretar um golpe de Estado após a vitória de Lula nas últimas eleições.

 

A petição apresentada hoje é assinada pela defesa de Bolsonaro, composta pelos advogados Fabio Wajngarten e Paulo Amador da Costa Bueno. O caso, que está sob a relatoria do ministro Luiz Fux, tramita sob sigilo.

 

Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento no inquérito que investiga uma organização criminosa que tramava um plano golpista após a derrota nas eleições para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de Bolsonaro, outras 22 pessoas serão ouvidas nesta quinta-feira (22/2).

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