O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu, na noite dessa quinta-feira (22/2), no Palácio da Alvorada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os líderes dos partidos da base governista e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social (Secom); Rui Costa, da Casa Civil; e Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação. O encontro é uma tentativa de aproximação do governo ao Congresso, que acumula reclamações com o Planalto.

De acordo com a Secom, são esperados 25 participantes no Alvorada, entre eles representantes dos partidos que possuem Ministérios, como Elmar Nascimento (União-BA), Antonio Brito (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Dr. Luizinho (PP-RJ), Odair Cunha (PT-MG), bem como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o líder da maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Os presidentes das siglas de apoio do governo também constam na social: Luciano Bivar (União), José Luiz Penna (PV) e Gleisi Hoffman (PT).



Aos jornalistas, o líder do PSB, Gervásio Maia (PB), garantiu que Lula deve se aproximar mais do Congresso em 2024. “[O presidente] vai manter uma proximidade maior, vai dialogar mais, vai ser meio que uma rotina para poder estar dialogando mais de perto, entendendo um pouco o que acontece em cada região, em cada estado”, afirmou.

Dentre os temas que devem ser tratados, está a desoneração de 17 setores da economia, que, após ser aprovada no Congresso, foi vetada integralmente por Lula. Com o veto derrubado pelos parlamentares, uma medida provisória (MP) com uma alternativa para a reoneração da folha de pagamento e que trata, ainda, de créditos tributários e do fim do Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse), foi editada e segue como impasse.

Lira, que protagonizou desgastes com o articulador Padilha, teve um encontro com o Casa Civil Rui Costa, escalado para atuar como interlocutor do Planalto com o deputado, para conversar sobre o tema que enfrenta resistência entre os líderes.

Centrado na pauta econômica, Lula deve tratar também da regulamentação da reforma tributária, aprovada no fim do ano passado após mais de 30 anos de debate; de projetos que envolvem o meio ambiente e a transição energética; e matérias que aumentem acesso a crédito.

Lula entrou no campo de articulação cedo em 2024, visto que as eleições municipais no segundo semestre prometem modificar a atividade legislativa. O governo federal também amargou diversas derrotas junto aos parlamentares no ano passado.

 

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