O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou o presidente Lula (PT) pela fala do último domingo (18/2), em que o petista comparou a ofensiva israleense contra o Hamas em Gaza com o Holocausto judeu cometido pelos nazistas na Alemanha.
Por meio de uma conta no X, o antigo Twitter, Zema afirmou que a atitude é “inadmissível”.
“Discursos políticos que pregam a divisão precisam acabar. É inadmissível que o presidente continue comparando conflitos com o Holocausto apenas pra agradar partidários. Ele ofende e desrespeita milhões de judeus e Israel. O caminho para ajudar na solução de disputas é o diálogo”, escreveu o governador mineiro em sua conta.
A declaração do presidente da República foi dada durante visita oficial na Etiópia, no fim de semana passado. "O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula na ocasião.
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Repercussão
O comentário provocou a ira do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que declarou Lula como “persona non grata” em Israel.
No Brasil, a fala repercutiu, tendo sido seguida de diversas reações, principalmente entre os políticos. Na quinta-feira (22/2), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), chegou a protocolar um pedido de impeachment contra o presidente.
Lula se defendeu das críticas recebidas ao longo da semana. Também através da rede social X, ele afirmou: “Eu sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio. Crianças e mulheres estão sendo assassinadas. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel”, disse, na publicação.
(Com Folhapress)