A Comissão de Educação do Senado Federal aprovou o projeto de lei que cria o Dia da Amizade Brasil-Israel, nesta terça-feira (27/2). A proposta estabelece que a data deva ser celebrada anualmente em 12 de abril, referência à edição do decreto que criou a representação brasileira em território israelense, em 1951.

 

Com relatório favorável do senador Carlos Viana (Podemos-MG), o PL 5.636/2019 segue para votação no plenário do Senado em regime de urgência. Segundo Viana, o texto é uma resposta a um momento de “dificuldade diplomática”. “Mas, acima daqueles que ocupam temporariamente as cadeiras de presidente ou de primeiro-ministro, há uma relação entre os povos”, disse.

 



 


A aprovação da data comemorativa ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar a operação militar israelense em Gaza com o Holocausto nazista. Em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a declaração como “vergonhosa” e disse que o petista “cruzou uma linha vermelha”.

 

Desde então, o ministro das Relações Exteriores israelenses, Israel Katz, ataca o presidente Lula pelas redes sociais. Após o ato bolsonarista em São Paulo, no último domingo (25/2), quando milhares de manifestantes levaram bandeiras de Israel para a Avenida Paulista, o chanceler agradeceu ao ex-presidente Bolsonaro e disse que Lula “não conseguirá separar” os dois povos.

 

A relação Brasil e Israel ocorre desde 1948, quando o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidiu a sessão que aprovou a criação do país. Inclusive, o projeto havia sido apresentado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2013. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a criação do Dia da Amizade Brasil-Israel é justificado pela forte relação bilateral e pelos vínculos culturais e econômicos.

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