O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é alvo de quatro requerimentos de comparecimento à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) da Câmara, que devem ser votados nesta terça-feira (12/3).
O primeiro a ser protocolado é de autoria do ex-presidente do colegiado, o deputado Sanderson (PL-RS), como ele havia prometido. O parlamentar pede explicações sobre as medidas adotadas pela pasta “para conter o avanço do crime organizado no Brasil, bem como sobre a fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró”.
“É o retrato do caos que virou a segurança pública do Brasil. Vamos cobrar todas as informações a respeito e a imediata apuração sobre as gravíssimas fugas”, escreveu Sanderson no X (antigo Twitter).
Três dos quatro pedidos de comparecimento de Lewandowski mencionam a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça da penitenciária federal em Mossoró (RN), a primeira desde a criação do sistema penitenciário federal, em 2006. Eles são convocações, um deles, um convite. As buscas pelos fugitivos começaram em 14 de fevereiro.
A convocação de Lewandowski é pedida ainda pelos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS), Delegado Fabio Costa (PP-AL), Delegado Caveira (PL-PA), Alexandre Ramagem (PL-RJ), Rodrigo Valadares (União-SE) e Sargento Gonçalves (PL-RN).
“Considerando que a responsabilidade pela operação e segurança das penitenciárias federais recai sobre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, é imperativo que o ministro Lewandowski preste esclarecimentos detalhados sobre as medidas adotadas para garantir a segurança dessas instalações. Além disso, é crucial uma análise minuciosa das políticas e procedimentos de segurança em vigor nessas unidades, visando identificar e corrigir quaisquer falhas que possam ter contribuído para essa fuga”, comentou Rodolfo Nogueira.
A CSPCCO ensaia mirar em Lewandowski, tal qual fez com o ex-ministro Flávio Dino, agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Atacado pelos deputados bolsonaristas, Dino compareceu ao colegiado em abril do ano passado, mas, após diversos xingamentos e confusão, ele faltou aos demais convites, citando o “clima hostil” em um ofício enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).