O governador Romeu Zema (Novo) exonerou, nessa segunda-feira (11/3), o advogado e representante do governo de Minas Gerais em Brasília, Bruno Vieira Ornelas, acusado de pedir propina a um empresário do Distrito Federal. A exoneração foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial do Estado, divulgado ainda ontem.
Em redes sociais, Zema ressaltou que o caso não tem nenhuma relação com Minas Gerais. "Determinei a imediata exoneração de um servidor investigado por suposto desvio de conduta, mesmo que o ocorrido não tenha sido no Governo de Minas. Na minha Gestão a tolerância é zero pra corrupção", disse o governador mineiro em suas redes sociais.
Determinei a imediata exoneração de um servidor investigado por suposto desvio de conduta, mesmo que o ocorrido não tenha sido no Governo de Minas. Na minha Gestão a tolerância é zero pra corrupção.
— Romeu Zema (@RomeuZema) March 11, 2024
Os pedidos de propina foram revelados em trocas de mensagens obtidas pela imprensa. Em uma mensagem de 2022, Bruno aparece pedindo 900 mil reais a um empresário, cuja identidade não foi revelada, para garantir uma nomeação no cargo de gerência do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás, indicado pelo empresário.
Na época, o advogado era responsável pela coordenação política nacional do Podemos, sigla que comanda o Detran no governo de Ronaldo Caiado, do União Brasil.
Nas mensagens, Bruno diz agir a pedido de Felipe Cortês, então colega de partido e candidato derrotado a deputado estadual em Goiás em 2022, ao pedir pagamentos ao empresário: “O Detran lá é nosso, mas o jogo é dele [Cortês]”, afirmou.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Bruno afirmou que "desconhece qualquer negociação de cargo ou qualquer outra ação que tenha usado seu nome de forma indevida e criminosa" e que "não mantém nenhum vínculo com o Governo do Estado de Goiás, sendo, dessa forma, impossível qualquer ingerência sua sobre qualquer assunto ou processo de contratação".