Tarcísio afirmou que esta seria 'uma privatização bastante badalada, com muito sucesso, bastante concorrida' -  (crédito: GOVERNO DE SP/DIVULGAÇÃO )

Tarcísio afirmou que esta seria 'uma privatização bastante badalada, com muito sucesso, bastante concorrida'

crédito: GOVERNO DE SP/DIVULGAÇÃO

FOLHAPRESS - O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) aprovou na noite desta sexta-feira (15/3) a modelagem da privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). O edital da privatização será publicado na segunda (18/3), e o governo pretende fazer o leilão ainda em abril.


 

Com um valor de mercado de R$ 2,3 bilhões, segundo o governo paulista, a Emae gere os reservatórios de água da Grande São Paulo, opera o trecho canalizado do rio Pinheiros na capital e atua no setor de geração de energia hidrelétrica.

 

Remanescente da privatização da Eletropaulo, a Emae administra usinas no estado que somam potência instalada de 960,8 MW - a maior parte dessa capacidade vem do complexo Henry Borden, em Cubatão, com capacidade instalada de 889 MW.

 

Além disso, opera os reservatórios Billings, Guarapiranga, Rio das Pedras e Pirapora, bem como barragens e diques desses sistemas.

 

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Segundo a Secretaria de Parcerias em Investimentos, a Emae, que é uma sociedade anônima de capital aberto controlada pelo governo, tem receita líquida de R$ 532 milhões e patrimônio líquido de R$ 1,16 bilhão.

 

Em evento nesta semana, o governador paulista afirmou que esta seria "uma privatização bastante badalada, com muito sucesso, bastante concorrida".

 

Privatização

 

Uma das empresas interessadas no leilão seria a Eletrobras, que já detêm quase 40% das ações não preferenciais da companhia, além de companhias chinesas, segundo um advogado que acompanha o setor.

 

A privatização da companhia chegou a ser suspensa no ano passado pelo Tribunal de Contas do Estado por falta de licitação para contratação de estudos técnicos, mas o processo foi liberado em abril.

 

Tarcísio defendia a venda da Emae mesmo antes de assumir o cargo. A venda é considerada um bom termômetro da privatização da Sabesp (companhia de saneamento de SP), considerada a joia da coroa da agenda privatista do governador, que pode ocorrer ainda neste ano.

 

"Vamos começar pela Emae, porque é uma empresa que não faz mais sentido o Governo de São Paulo ter", disse ainda em dezembro de 2022. "Vamos pensar simples, fatiar o gorila como algumas pessoas dizem. Tá fácil vender a Emae? Tá. Então vende a Emae primeiro, enquanto isso a gente vai trabalhando naquela que vai ser a grande privatização do estado de São Paulo, que é a Sabesp", disse.