Ex-presidente teria procurado o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco para questionar sobre a possibilidade de se realizar um "ato" contra o resultado das eleições -  (crédito: EPA)

Ex-presidente teria procurado o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco para questionar sobre a possibilidade de se realizar um "ato" contra o resultado das eleições

crédito: EPA

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) Carlos Baptista Junior disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consultou o o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco para questinoar sobre a possibilidade de se realizar um "ato" contra o resultado das eleições de 2022.

 

A declaração consta na íntegra do depoimento de Baptista à corporação, que teve o sigilo quebrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa sexta-feira (15/3). 

 

 

Conforme o depoimento de Baptista Júnior, Bianco disse a Bolsonaro que as eleições de 2022 ocorreram "de forma legal, dentro dos aspectos jurídicos". "Não haveria alternativa jurídica para contestar o resultado das eleições", teria afirmado Bianco. 

 

 

A consulta a Bianco teria sido feita no dia 1º de novembro de 2022, logo após o resultado do segundo turno das eleições. De acordo com o depoimento, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e os comandantes das Forças Armadas também participaram da reunião em que o tópico foi debatido.

 

 

Ainda segundo relatos à PF,  todos os participantes da reunião teriam respondido que “não tinha ocorrido fraude nas eleições", pois "todos os testes realizados não constataram qualquer irregularidade. Eles ainda afirmaram a Jair Bolsonaro que era "preciso reconhecer o resultado das eleições, com o objetivo de acalmar o país".