Prefeito da capital tem avaliação positiva de 49,7% dos entrevistados -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Prefeito da capital tem avaliação positiva de 49,7% dos entrevistados

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press

A pouco mais de seis meses da eleição, a avaliação que os belo-horizontinos fazem da administração municipal segue com saldo positivo, mas alcançou seu menor patamar desde 2021. De acordo com dados de pesquisa encomendada pelo Estado de Minas ao Instituto Opus, 49,7% dos moradores da capital fazem uma avaliação favorável da gestão da cidade; 41,8% expressaram uma visão negativa; e 8,5% não souberam opinar ou preferiram não responder.

 

Um olhar mais aprofundado sobre os resultados do levantamento mostra detalhes desta avaliação: 2,5% dos entrevistados classificam a administração como ótima; 26,2% como boa; e 21% como regular positiva. A soma dos índices é considerada para determinar a visão favorável sobre o trabalho da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

 

 

Por outro lado, 10,3% dos entrevistados disseram que o trabalho da prefeitura é péssimo; 9,8% que é ruim; e 21,7% que é regular negativo. A pesquisa EM/Opus está registrada na Justiça Eleitoral sob o código MG-05905/2024. Ela foi realizada nos dias 12 e 13 de março, ouvindo 600 eleitores de BH presencialmente e com uma margem de erro de 4,1 pontos percentuais.

 

O cenário geral mostra que a avaliação positiva da PBH está em queda, mas apresenta alguma estabilidade em relação às pesquisas anteriores. O prefeito e pré-candidato à reeleição. Fuad Noman (PSD), assumiu a capital mineira em agosto de 2022, quando Alexandre Kalil (PSD) deixou o posto para uma malograda campanha para governador de Minas Gerais. O antigo mandatário deixou para seu vice uma ampla avaliação positiva, que se esvaiu ao longo do tempo, conforme mostraram pesquisas do Instituto Opus.

 

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Em novembro de 2021, na primeira pesquisa da série feita pelo Opus, a avaliação da administração de BH era 67,7% positiva e 23,3% negativa. A aprovação chegou a seu ponto máximo em março de 2022, com 72,8% dos respondentes com uma visão favorável do trabalho. O índice caiu para 68% em dezembro daquele ano, quando Fuad já ocupava a cadeira de prefeito. Em maio de 2023, a aprovação chegou a 54% e, neste mês, caiu para 49,7%.

 

O diretor do Instituto Opus Consultoria & Pesquisa, Matheus Dias, salienta que a queda na avaliação positiva variou pouco além da margem de erro em relação ao último levantamento. Ainda assim, embora tenha conseguido interromper a sequência de quedas mais expressivas, Fuad se vê diante do desafio de reverter o quadro e conseguir mais aprovação do belo-horizontino antes do início oficial da campanha, em agosto.

 

“O que nós observamos é que a avaliação do governo meio que encontrou um patamar de estabilidade. Na última pesquisa que nós realizamos em 2023, pouca coisa mudou. Quando o Kalil saiu para disputar o governo, ele entregou uma prefeitura com um índice muito robusto de avaliação. [...] Ou seja, o Fuad sofreu muito em termos de avaliação popular, mas parece ter estancado essa queda. A gente não sabe se ele vai conseguir reverter esse quadro até o início da campanha oficial, quando as pessoas vão prestar ainda mais atenção ao cenário político e às ações da Prefeitura de BH”, destacou.

 

Uma possível notícia alvissareira para Fuad é de que a estabilidade na queda da aprovação de seu trabalho está acompanhada pelo movimento de aumento do conhecimento do prefeito pela população da capital. Em maio do ano passado, apenas 20% dos entrevistados afirmaram saber quem estava à frente da cidade. Em março, o índice aumentou para 57,3%.

 

Conforme publicado pelo Estado de Minas, a pesquisa realizada pelo Opus mostra Fuad na liderança do cenário espontâneo de intenção de voto para a prefeitura, lembrado por 4% dos respondentes. O cenário, no entanto, aponta para grande indecisão do eleitorado da capital, uma vez que 88% dos respondentes disse não saber em quem votar ou preferiu não responder. No cenário estimulado, o atual prefeito aparece atrás de nomes como o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos); o senador Carlos Viana (Podemos); a deputada federal Dida Salabert (PDT); e o deputado estadual Bruno Engler (PL).