Mauro Cid é preso preventivamente após oitiva no Supremo -  (crédito:  Geraldo Magela/Agência Senado)

Mauro Cid é preso preventivamente após oitiva no Supremo

crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O general da reserva do Exército Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, disse desconhecer os detalhes do áudio em que o filho fez críticas à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Nesta sexta-feira, Moraes determinou a prisão preventiva (por tempo indeterminado) de Cid por obstrução de Justiça.

 

O QUE ACONTECEU

 

"A família está surpresa e arrasada com tudo isso." O general da reserva também relembrou sobre "como foi difícil o período em que ele esteve preso" anteriormente. A fala foi concedida por Lourena, que estava ao lado da mulher, ao jornal O Globo.

 

Lourena e a mulher devem ir a Brasília. Eles, que moram no Rio, pretendem se deslocar até a capital federal para encontrar a nora e as netas após a prisão de Cid.

 

NOVA PRISÃO

 

Moraes determinou a prisão de Cid por obstrução de Justiça. A decisão aconteceu após oitiva que foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

 

Apesar da ordem de prisão, ainda não há uma decisão de Moraes sobre a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid. Os áudios de Cid provocaram estremecimento na relação com os investigadores, pela condição de colaborador que ele ostentava.

 

Segundo o colunista do UOL Aguirre Talento, há uma avaliação de que as informações apresentadas por Cid em seus depoimentos já foram corroboradas por outras provas independentes. Por isso, o seu acordo não seria indispensável para as investigações.

 

Os áudios mostram uma conversa entre o tenente-coronel e um amigo. O militar afirma que a PF "não quer saber a verdade" e sugeriu que foi coagido.