O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que a prisão de três suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco é uma “vitória do Estado brasileiro” e das forças de segurança em relação ao combate ao crime organizado. Na manhã deste domingo (24/3), a Polícia Federal, em parceria com a Procuradoria Geral da República e Ministério Público, realizou a operação Murder Inc.
As autoridades prenderam preventivamente o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE) Domingos Brazão, supostos mandantes, e o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa. O policial é suspeito de tentar obstruir as investigações, que já duram seis anos.
“Esse trabalho, pelo menos neste ponto, se encerra, até que venham eventualmente novos elementos. Mas, neste momento, temos bem claro os executores deste crime odioso, hediondo, por ser um crime claramente de natureza política. A polícia em suas investigações identificou os mandantes e demais envolvidos nessa questão. É claro que poderão surgir novos elementos”, disse.
Lewandowski ainda exaltou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que relata o caso na Corte máxima do país. O caso, antes nas mãos da Justiça do Rio, foi federalizado ainda em 2023, com a entrada da Polícia Federal nas investigações. A solução do crime era uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
- Operação prende três suspeitos de mandar matar Marielle Franco
- Quem são os presos suspeitos de serem mandantes da morte de Marielle Franco
Em janeiro, o site The Intercept havia reportado que o ex-policial militar Ronnie Lessa, executor do assassinato, delatou Domingos Brazão como um dos mandantes do assassinato. A delação, no entanto, só foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, em decisão do relator Alexandre de Moraes.
“Em poucos dias, ele homologou essa delação, que permitiu que a Polícia Federal concluísse o seu relatório e apresentasse as diligências que foram determinadas pelo ministro relator. Ressalto também o excelente e proficiente trabalho do Ministério Público Federal, chefiado pelo procurador Paulo Gonet, que em pouquíssimos dias se manifestou no processo”, frisou Lewandowski.