No ano passado, durante uma sessão da CPI da Pampulha, Gabriel xingou o então secretário de Governo, Josué Valadão, de

No ano passado, durante uma sessão da CPI da Pampulha, Gabriel xingou o então secretário de Governo, Josué Valadão, de "bandidão"

crédito: Edésio Ferreira/ EM/ D.A Press

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Azevedo (MDB), pediu desculpas publicamente ao Secretário de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Josué Valadão. O pedido ocorreu na manhã desta quarta-feira (27/3), na Casa Legislativa, na reunião de prestação de contas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) referente ao ano de 2023.

No ano passado, durante uma sessão da CPI da Pampulha, Gabriel xingou o então secretário de Governo, Josué Valadão, de “bandidão”. À época, Valadão era Secretário do Governo, pasta responsável pela interlocução entre Executivo e Legislativo. Josué Valadão foi exonerado da pasta e assumiu a Secretária de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania.


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“Eu gostaria de me dirigir, pessoalmente, ao secretário Josué Valadão. Josué, eu tenho um amigo que também conhece o senhor, Alberto Lage. Ele sempre me lembrou do seguinte: Gabriel e Josué Valadão nunca se desgostaram, sempre tratavam de trabalhar juntos pela cidade. Mas, por incentivo de pessoas que estavam muito interessadas em ganhar com a briga, os dois se desentenderam. (…) Eu acho que eu devo desculpas ao senhor pelos termos em excesso que eu cometi. Então eu gostaria de publicamente pedir desculpas ao momento em que o meu excedi, com o senhor, que é uma pessoa que deve ter completo respeito de um vereador e de um chefe do Poder Legislativo. Infelizmente o nosso desentendimento serviu de escada e de oportunidade para que algumas pessoas, essas sendo muito mal intencionadas, construíssem um abismo na relação da Câmara Municipal de Belo horizonte e Prefeitura”, disse Gabriel Azevedo.

 

 

A declaração também ocorre após uma promessa de diálogo maior com os parlamentares da Câmara Municipal e a “apaziguação” entre o Executivo e o Legislativo municipal. Em um tom mais ameno, o vereador Gabriel Azevedo afirmou que, embora haja discordância em algumas pautas da prefeitura, os conflitos com o Executivo são “página virada”.

“Acredito que hoje, dia 27 de março, nós temos um marco importante na relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Eu diria que a palavra que deve ser exaltada aqui é normalidade. Depois de alguns meses em que as relações entre os Poderes dessa cidade visivelmente contavam com pessoas que não deveriam se intrometer nessa institucionalidade, nós passamos a ter mais uma vez o que é normal no município: o prefeito conversa com o presidente da câmara e o presidente da câmara conversa com o prefeito”, ressaltou o presidente da CMBH.

“Neste momento, eu acho muito oportuno registrar isso e compreender que a página está virada e que a gente deve seguir em frente. Não sem esquecer que o mandato deste vereador esteve sob risco. Não sem esquecer que algumas pessoas acharam que seria um atalho oferecer a minha cabeça na bandeja de prata do prefeito para prometer a ele a governabilidade. Essas pessoas perderam e vencem a democracia. Hoje, 41 vereadores passam a ter diálogo com a Prefeitura de Belo Horizonte”, disse o vereador.