Tanques se deslocam de Belo Horizonte para Juiz de Fora, de onde partiu primeira frota rumo ao Rio de Janeiro em 31 de março de 1964 -  (crédito: Luiz Alfredo/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas)

Tanques se deslocam de Belo Horizonte para Juiz de Fora, de onde partiu primeira frota rumo ao Rio de Janeiro em 31 de março de 1964

crédito: Luiz Alfredo/O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas

O Comando do Exército decidiu não intervir na reverência ao dia 31 de março mantida no quartel em Juiz de Fora (MG) de onde partiram as primeiras tropas para a execução do golpe de 1964.


Em nota, o Exército evitou chamar o episódio de golpe. Disse que "os acontecimentos de 31 de março de 1964 representam um fato histórico enquadrado em uma conjuntura de 60 anos atrás".

 

 

 

"O Exército está focado no cumprimento da sua missão constitucional e busca elevar a qualidade da execução das suas tarefas, colimando seus esforços na modernização da Força e nos desafios do futuro", disse o órgão.

 

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Procurados sobre a homenagem, os ministérios da Defesa e de Direitos Humanos e Cidadania não se manifestaram.

 

A homenagem ao 31 de março está exposta na antiga sede da 4ª Região Militar, que agora abriga a 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha.

 

A unidade se autodenomina "Brigada 31 de Março". Segundo seu site, o nome se deve ao seu "papel decisivo e corajoso na eclosão da revolução democrática", termo ainda utilizado por alguns militares para se referir ao golpe.

 

Foi deste quartel que, na madrugada de 31 de março de 1964, o general Olympio Mourão Filho, então chefe da 4ª Região Militar sediada em Juiz de Fora, mobilizou suas tropas em direção ao Rio de Janeiro para depor Jango. A decisão foi tomada após o discurso do presidente a sargentos pró-governo em defesa das reformas de base, vista pela oposição como uma "ameaça comunista" ao país.

 

O movimento de Mourão Filho antecipou os planos golpistas de militares, políticos e empresários, que há meses tramavam a queda do presidente.