Potenciais candidatos na disputa presidencial de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), travaram uma batalha sobre quem faz o melhor governo durante solenidade de inauguração do Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre, no Alto Paranaíba. 

"Há quanto tempo não se ouvia falar em obras de infraestrutura nesse país? Nós voltamos com o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos de R$ 3,7 bilhões, e Minas Gerais vai receber recursos importantes. E não foi nada tirado da cabeça do presidente. Nós ouvimos os governadores e prefeitos para saber as necessidades de cada estado”, afirmou o Lula.

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“Hoje, em Serra do Salitre, Minas Gerais, conheci trabalhadoras e trabalhadores da indústria de fertilizantes. Com o anúncio de hoje serão mais 1,5 mil novos empregos criados, gerando renda e desenvolvimento para a região e para todo o Brasil com a redução da importação de fertilizantes. O trabalho continua”, destacou o presidente.



Zema também usou o evento sobre a construção do complexo industrial, que vai receber investimentos de US$ 1 bilhão, para dizer que, em seu governo, é “recorde atrás de recorde”. O governador mineiro também prometeu construir mais subestações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) do que todas que a estatal já ergueu ao longo de toda sua existência. “A Cemig, neste momento, está fazendo o maior investimento da história da empresa para não deixar a situação de falta de energia perdurar. Em 70 anos, a Cemig construiu 400 subestações. Em 70, 400. Em 6 anos, nós estamos fazendo 200”, afirmou ele, que destacou ainda a necessidade de energia para o desenvolvimento e geração de emprego e renda.

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“Nossa economia tem crescido muito acima da média do Brasil. Em 2018, a economia de Minas representava 8,8% do Brasil. O último dado do IBGE aponta 9,5%. Onde a economia cresce, demanda-se energia”, disse o governador.

Zema enviou para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) ano passado um projeto para facilitar a privatização da Cemig, que sempre foi uma promessa de campanha do governador. No entanto, a proposta não teve bom acolhimento no Legislativo mineiro e, atualmente, o governo discute com o Ministério da Fazenda a possibilidade de federalizar a companhia de energia para abater parte da dívida do estado com a União, calculada em cerca de R$ 160 bilhões.

Além de Lula e Zema, também participaram da solenidade o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB); o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo); o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro (PSD).

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