As mudanças climatológicas extremas que vêm afetando o Brasil e Minas Gerais são alvos do Seminário Técnico Crise Climática em Minas Gerais - Desafios na Convivência com a Seca e Chuva Extrema, que se reuniu pela primeira vez nesta quinta-feira (14/3), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O evento contou com a presença de deputados estaduais, órgãos públicos e membros da sociedade civil e pesquisadores.
"Todo final de ano temos o mesmo problema seca intensa, chuvas extremas afetando várias pessoas, produtores perdendo suas lavouras, gado morrendo, pessoas com falta d'água, por outro lado, fortes chuvas desalojando centenas de pessoas", afirmou o presidente da ALMG, Tadeu Martins Leite (MDB).
Os membros vão analisar as políticas públicas existentes e sugerir melhorias ou novas medidas para o enfrentamento da questão climática de forma duradoura. As reuniões online vão começar no dia 4 de abril, e o seminário está marcado para os dias 8 e 9 de agosto.
A ALMG também firmou uma parceria com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) para fomentar startups que proponham soluções que possam prever, evitar ou minimizar os danos das mudanças de clima.
Martins Leite afirmou que espera que, após o relatório, possa ser iniciada a parte prática das propostas. "Após o primeiro semestre, que vai ser em discussões dentro da Casa, nós teremos esse relatório para iniciar a parte prática do trabalho. Não só da parte legislativa, fiscalização, mas também a ideia da inovação para que possamos amenizar o problema através da tecnologia", disse ele.
No final do ano passado, mais de cem municípios mineiros entraram em estado de alerta após falta de chuvas regulares que durou quase um ano. A seca afetou mais de 300 mil produtores rurais do norte e nordeste do estado, segundo estudo realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
O clima extremo segue atingindo várias partes do Brasil. Uma "bolha de calor", com temperaturas que podem chegar até 45 ºC, chegam ao Rio de Janeiro. A onda de calor, vinda do norte da Argentina e do Paraguai, deve afetar outras regiões do país.