De acordo com o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica do governo Bolsonaro, Carlos de Almeida Baptista Junior, à Polícia Federal (PF), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos teria colocado a sua tropa à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para auxilia-lo em uma tentativa de golpe de Estado.
Conforme os relatos, Almir teria oferecido a sua tropa após uma reunião de Jair Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas para tentar anular o resultado das eleições. No encontro, Jair Bolsonaro "apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral".
Nesta sexta-feira (15/3), o ministro Alexandre de Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos concedidos às autoridades policiais no âmbito do inquérito que apura o suposto plano de golpe de Estado elaborado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Ainda conforme o depoimento, o ex-comandante da Aeronáutica disse ao ex-presidente Jair Bolsonaro que não haveria qualquer hipótese de ele se manter na Presidência da República após a derrota nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Carlos Baptista Junior afirmou que não aceitaria "qualquer tentativa de ruptura institucional" e que "a Aeronáutica não apoiaria qualquer tentativa de manutenção" Jair Bolsonaro no poder após a posse do presidente Lula, no dia 1º de janeiro.