A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no Sistema Único de Saúde (SUS) no inquérito que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a COVID-19. Ao menos outras 15 pessoas também foram acusadas (confira a lista abaixo). As informações são da Daniela Lima, da GloboNews.



Em maio do ano passado, Mauro Cid foi preso sob suspeita de alterar os dados do cartão de vacinação dele, da esposa, da sua filha, do ex-presidente e da filha de Jair Bolsonaro, Laura Bolsonaro.  

 

De acordo com a GloboNews, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foi indiciado. A Polícia Federal também aponta o crime de uso indevido de documento falso, no caso de Mauro Cid. 


Na prática, o indiciamento significa que o processo segue para as mãos do Ministério Público, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração. O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos de prisão; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.

 

Fabio Wajngarten, advogado de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse, em suas redes sociais, que teve conhecimento sobre o indiciamento através da imprensa. "Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial", disse.


Confira as pessoas que foram indiciadas:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente;
  • Mauro Barbosa Cid, coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid;
  • Gutemberg Reis de Oliveira, deputado federal (MDB-RJ);
  • Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe de Mauro Cid;
  • Farley Vinicius Alcântara, médico que teria emitido cartão falso de vacina para a família de Cid;
  • Eduardo Crespo Alves, militar;
  • Paulo Sérgio da Costa Ferreira;
  • Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército;
  • Marcelo Fernandes Holanda;
  • Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias;
  • João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
  • Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
  • Max Guilherme Machado de Moura, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Sergio Rocha Cordeiro, assessor e segurança de Bolsonaro;
  • Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora de Duque de Caxias;
  • Célia Serrano da Silva.
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